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quinta-feira, outubro 30, 2008
quarta-feira, outubro 29, 2008
domingo, outubro 19, 2008
Uma magnifica razão para não fecharem o bairro alto
O Bairro Alto, em Lisboa, tem tantas funções como um canivete suíço. Serve para festejar os 22 anos de Diogo, rever os amigos que Ricardo encontrou por acaso no bar Maria Caxuxa, marcar o encontro entre António e Inês à porta do Inoxbar ou até esquecer traições de amor. Miguel tem 23 anos e foi a primeira vez que levou uma "tampa" através de uma mensagem de telemóvel. O que vale é que o miúdo não ficou no quarto a chorar: "Vim ao bairro para beber até esquecer", desabafa entre risos o jovem do Lumiar.
Os motivos para escolher o Bairro Alto podem ser os mais variados, mas o objectivo é quase sempre o mesmo. "Ficar até ao fim", assegura Ricardo Maia . Regressar a casa só acontece por volta das 04.00 ou 05.00 da manhã, quando os donos dos bares empurram os clientes para a rua e fecham as portas. O hábito dos frequentadores do bairro está prestes a mudar com os horários que a Câmara de Lisboa quer impor a partir de 1 de Novembro. Durante os dias de semana, a festa vai ter hora certa para acabar - 02.00 da manhã.
As regras ainda não foram sequer aplicadas, mas já serviram para demarcar as rivalidades no Bairro Alto - de um lado estão os moradores, que querem acabar com o ruído durante a madrugada; do outro, os noctívagos e os comerciantes, que temem o fim de um dos mais populares locais de diversão nocturna da capital.
O Bairro Alto não é um local de passagem. "Na maioria das vezes, é a primeira e a última etapa da noite", diz António Magalhães, que pelo menos uma vez por semana sai de Oeiras para se divertir no Bairro Alto. Fica-se o tempo suficiente para saltitar de bar em bar até se cruzar com caras conhecidas: "Este é dos poucos sítios em que não é preciso marcar encontro para se encontrar com os amigos."
Poder escolher entre ficar dentro ou fora de portas é o grande trunfo da zona histórica da capital, diz Inês Miguel. Entrar e sair dos bares e conversar nas ruas é uma liberdade que se conquistou a partir dos anos 90 e de que ninguém quer abdicar.
O privilégio de uns é o suplício de outros. Enquanto houver "miúdos a gritar e a atirar garrafas contra as paredes", Edmundo Fernandes não prega o olho. Todas as noites tranca as portas, fecha as janelas e corre os estores da sua habitação na Travessa da Queimada. De pouco vale, pois a festa continua lá fora: "A barulheira é tanta que nem consigo ouvir a televisão", lamenta o pensionista de 68 anos.
Não são as novas leis que irão devolver o sossego dos moradores, avisam os comerciantes. "A câmara está a ir pelo caminho mais fácil e assim só vai colocar em risco o trabalho de muita gente", adverte Paulo Cassiano, proprietário do restaurante Bota Alta. O ataque deveria dirigir-se aos que nunca cumpriram as regras, defende o empresário. Aos que abriram "bares minúsculos e sem licença" e que obrigam os clientes a estar na rua e aos que vendem na "clandestinidade" garrafas de cerveja às entradas dos prédios.
Até ordem contrária, as regras são para cumprir. Podia ser pior, conclui Miguel Cascais. Bastava a namorada adiar a ruptura por mais duas semanas. "Às 02.00 da manhã em vez de estar aqui, estava em casa a curtir a dor de corno."
O Bairro Alto, em Lisboa, tem tantas funções como um canivete suíço. Serve para festejar os 22 anos de Diogo, rever os amigos que Ricardo encontrou por acaso no bar Maria Caxuxa, marcar o encontro entre António e Inês à porta do Inoxbar ou até esquecer traições de amor. Miguel tem 23 anos e foi a primeira vez que levou uma "tampa" através de uma mensagem de telemóvel. O que vale é que o miúdo não ficou no quarto a chorar: "Vim ao bairro para beber até esquecer", desabafa entre risos o jovem do Lumiar.
Os motivos para escolher o Bairro Alto podem ser os mais variados, mas o objectivo é quase sempre o mesmo. "Ficar até ao fim", assegura Ricardo Maia . Regressar a casa só acontece por volta das 04.00 ou 05.00 da manhã, quando os donos dos bares empurram os clientes para a rua e fecham as portas. O hábito dos frequentadores do bairro está prestes a mudar com os horários que a Câmara de Lisboa quer impor a partir de 1 de Novembro. Durante os dias de semana, a festa vai ter hora certa para acabar - 02.00 da manhã.
As regras ainda não foram sequer aplicadas, mas já serviram para demarcar as rivalidades no Bairro Alto - de um lado estão os moradores, que querem acabar com o ruído durante a madrugada; do outro, os noctívagos e os comerciantes, que temem o fim de um dos mais populares locais de diversão nocturna da capital.
O Bairro Alto não é um local de passagem. "Na maioria das vezes, é a primeira e a última etapa da noite", diz António Magalhães, que pelo menos uma vez por semana sai de Oeiras para se divertir no Bairro Alto. Fica-se o tempo suficiente para saltitar de bar em bar até se cruzar com caras conhecidas: "Este é dos poucos sítios em que não é preciso marcar encontro para se encontrar com os amigos."
Poder escolher entre ficar dentro ou fora de portas é o grande trunfo da zona histórica da capital, diz Inês Miguel. Entrar e sair dos bares e conversar nas ruas é uma liberdade que se conquistou a partir dos anos 90 e de que ninguém quer abdicar.
O privilégio de uns é o suplício de outros. Enquanto houver "miúdos a gritar e a atirar garrafas contra as paredes", Edmundo Fernandes não prega o olho. Todas as noites tranca as portas, fecha as janelas e corre os estores da sua habitação na Travessa da Queimada. De pouco vale, pois a festa continua lá fora: "A barulheira é tanta que nem consigo ouvir a televisão", lamenta o pensionista de 68 anos.
Não são as novas leis que irão devolver o sossego dos moradores, avisam os comerciantes. "A câmara está a ir pelo caminho mais fácil e assim só vai colocar em risco o trabalho de muita gente", adverte Paulo Cassiano, proprietário do restaurante Bota Alta. O ataque deveria dirigir-se aos que nunca cumpriram as regras, defende o empresário. Aos que abriram "bares minúsculos e sem licença" e que obrigam os clientes a estar na rua e aos que vendem na "clandestinidade" garrafas de cerveja às entradas dos prédios.
Até ordem contrária, as regras são para cumprir. Podia ser pior, conclui Miguel Cascais. Bastava a namorada adiar a ruptura por mais duas semanas. "Às 02.00 da manhã em vez de estar aqui, estava em casa a curtir a dor de corno."
quarta-feira, outubro 15, 2008
Evolução
A algum tempo atrás li um livro que dizia que todas as respostas paras as nossas questões podem ser obtidas através da meditaçao diária. E que naturalmente o caminho a seguir aparece, sem stress. Fã de coisas estranhas e linhas curvas como sou tentei várias vezes fazer isso, embora sem grande persistencia. Porem a cada vez que o fazia sentia-me muito mais calmo e mais em contacto comigo mesmo.
Pouco depois começei a fazer kung fu, graças à persistencia de um grande amigo. A cada aula que vou, vejo que a minha evolução passa por ali, pelo enriquecimento de mente e corpo em simultaneo; pelo crescimento. Foi aqui que encontrei umas palavras marcantes na minha maneira de pensar actualmente. Em suma, diziam que devemos sempre procurar o evoluir constante, pois na estagnação não se atinge a felicidade, o prazer, o que é natural. O caminho passa por estarmos em crescimento permanente, só assim é que ficamos forte.
Um bonsai é fragil e preciso de constantes cuidados para sobreviver. É uma arvore a quem foi negado o crescimento. Já uma qualquer arvore que encontrem na floresta, cresce alta e forte, atingindo o seu máximo potencial limitada apenas pelo terreno que a alimenta. Com o homem é a mesma coisa, dêm-lhe cuidados demais e tornar-se-à num bonsai, neguem-lhe a evolução e ficará pequeno. Deixem-no crescer apoiado, mas sem limite, Deixem-no expandir as suas raizes e tornar forte o seu tronco e o seu crescimento é apenas limitado pela terra onde está.
Na vida andamos de vaso em vaso, mudando conforme vamos precisando de mais terra e de mais espaço. Evoluir é algo natural. Ficar parado no mesmo sitio, não. Quando nos sentimos como se todo o ar fosse insuficiente para respirar e como se os nossos braços por mais soltos que estejam continuam sem se mexer, é altura de mudar. De evoluir e seguir o caminho que temos à nossa frente. Não vos falo sequer de destino, pois esse cabe a um definir. Falo de fazer aquilo que vos é natural, ir numa direcção onde a força sai naturalmente, e a energia é tão eterna como a vossa vida.
Decidi seguir o caminho e fazer aquilo que é natural. Começou quando viajei de costa a costa, quando mudei para esta casa, mas não vai ficar por aqui, o meu vaso tem que ser muito maior. Preciso de um assim. Um pequeno restringe e não trás os nutrientes suficientes para crescer.
Apeteceu-me partilhar isto convosco, massas anonimas que seguem atentamente cada passo da vida deste pessoal que aqui escreve. Deixo-vos a sugestão, tirem um momento para pensar nisto. Se estão bem no vosso vaso ou se estar na altura de mudar.
Abraço
Ricardo Pascual
A algum tempo atrás li um livro que dizia que todas as respostas paras as nossas questões podem ser obtidas através da meditaçao diária. E que naturalmente o caminho a seguir aparece, sem stress. Fã de coisas estranhas e linhas curvas como sou tentei várias vezes fazer isso, embora sem grande persistencia. Porem a cada vez que o fazia sentia-me muito mais calmo e mais em contacto comigo mesmo.
Pouco depois começei a fazer kung fu, graças à persistencia de um grande amigo. A cada aula que vou, vejo que a minha evolução passa por ali, pelo enriquecimento de mente e corpo em simultaneo; pelo crescimento. Foi aqui que encontrei umas palavras marcantes na minha maneira de pensar actualmente. Em suma, diziam que devemos sempre procurar o evoluir constante, pois na estagnação não se atinge a felicidade, o prazer, o que é natural. O caminho passa por estarmos em crescimento permanente, só assim é que ficamos forte.
Um bonsai é fragil e preciso de constantes cuidados para sobreviver. É uma arvore a quem foi negado o crescimento. Já uma qualquer arvore que encontrem na floresta, cresce alta e forte, atingindo o seu máximo potencial limitada apenas pelo terreno que a alimenta. Com o homem é a mesma coisa, dêm-lhe cuidados demais e tornar-se-à num bonsai, neguem-lhe a evolução e ficará pequeno. Deixem-no crescer apoiado, mas sem limite, Deixem-no expandir as suas raizes e tornar forte o seu tronco e o seu crescimento é apenas limitado pela terra onde está.
Na vida andamos de vaso em vaso, mudando conforme vamos precisando de mais terra e de mais espaço. Evoluir é algo natural. Ficar parado no mesmo sitio, não. Quando nos sentimos como se todo o ar fosse insuficiente para respirar e como se os nossos braços por mais soltos que estejam continuam sem se mexer, é altura de mudar. De evoluir e seguir o caminho que temos à nossa frente. Não vos falo sequer de destino, pois esse cabe a um definir. Falo de fazer aquilo que vos é natural, ir numa direcção onde a força sai naturalmente, e a energia é tão eterna como a vossa vida.
Decidi seguir o caminho e fazer aquilo que é natural. Começou quando viajei de costa a costa, quando mudei para esta casa, mas não vai ficar por aqui, o meu vaso tem que ser muito maior. Preciso de um assim. Um pequeno restringe e não trás os nutrientes suficientes para crescer.
Apeteceu-me partilhar isto convosco, massas anonimas que seguem atentamente cada passo da vida deste pessoal que aqui escreve. Deixo-vos a sugestão, tirem um momento para pensar nisto. Se estão bem no vosso vaso ou se estar na altura de mudar.
Abraço
Ricardo Pascual
domingo, outubro 12, 2008
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