quinta-feira, junho 06, 2013
Just say NO!
Just say no to negative behaviour. Be it in any form, colour or shape.
Just say no to unhealthy habits, external or internal, they always leave a mark and they are never worth it.
Just say no to being late, lazy or slacking off. It hurts in the long run, even if it does not seem like it in the present.
Just say no to bullies. They are there for a reason, for you to grow and stand up for yourself, say no to them, they might be stronger, they might be bigger, but they will never win if you don’t let them. Just say no to
Just say no to unhealthy situations, unhappy people and bad personalities. I can only change myself not others. If they are not willing to change, Just say no to
Just say no to ignorance, prejudice and being slow of mind. Ignorance benefits only the oppressors, never the free man.
Just say no to living some else life, you are here for a reason, find it out!
Just say no to oppressive regimes, unfit rulers and unwanted powers, they are there because you let them exist, Just say no!
Just say no to wasting time, life is made of it. Do not waste your precious time, every day counts.
Just say no to hatred, anger and fear, you can use all that energy to lead, cause change and create riches
Just say no to being anything less than you can be, don’t try to please others. You can only live life in your manner not theirs.
Just say no to bad advice.
Just say no to yourself, when you screw up and make up your mistakes in the most timely manner.
Just say no to not living your life. You are only here once, and losing it in worthless things, people or emotions won’t lead you anywhere.
Just say no to not taking risk, being a coward or being to afraid to change. Life is an adventure for you to live, not to watch it pass by.
Just say no to not using your skills to the highest level, in every form possible every time.
Just say no to not saying yes when the time is right
by
Ricardo Pascual
domingo, abril 15, 2012
"E foi então que apareceu a raposa:
- Bom dia, disse a raposa.
- Bom dia, respondeu polidamente o principezinho que se voltou mas não viu nada.
- Eu estou aqui, disse a voz, debaixo da macieira...
- Quem és tu? perguntou o principezinho.
Tu és bem bonita.
- Sou uma raposa, disse a raposa.
- Vem brincar comigo, propôs o princípe, estou tão triste...
- Eu não posso brincar contigo, disse a raposa.
Não me cativaram ainda.
- Ah! Desculpa, disse o principezinho.
Após uma reflexão, acrescentou:
- O que quer dizer cativar?
- Tu não és daqui, disse a raposa. Que procuras?
- Procuro amigos, disse. Que quer dizer cativar?
- É uma coisa muito esquecida, disse a raposa.
Significa criar laços...
- Criar laços?
- Exatamente, disse a raposa. Tu não és para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos.
E eu não tenho necessidade de ti.
E tu não tens necessidade de mim.
Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás pra mim o único no mundo. E eu serei para ti a única no mundo... Mas a raposa voltou a sua ideia:
- A Minha vida é monótona. E por isso eu aborreço-me um pouco. Mas se tu me cativas, a minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei o barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros me fazem entrar debaixo da terra. O teu chamar-me-á para fora como música.
E depois, olha! Vês, lá longe, o campo de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelo cor de ouro. E então serás maravilhoso quando me tiveres cativado. O trigo que é dourado fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento do trigo...
A raposa então calou-se e considerou muito tempo o príncipe:
- Por favor, cativa-me! disse ela.
- Bem quisera, disse o principe, mas eu não tenho tempo. Tenho amigos a descobrir e mundos a conhecer.
- A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. Os homens não tem tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres uma amiga, cativa-me!
Os homens esqueceram a verdade, disse a raposa.
Mas tu não a deves esquecer.
Tu és eternamente responsável por aquilo que cativas"
- Bom dia, disse a raposa.
- Bom dia, respondeu polidamente o principezinho que se voltou mas não viu nada.
- Eu estou aqui, disse a voz, debaixo da macieira...
- Quem és tu? perguntou o principezinho.
Tu és bem bonita.
- Sou uma raposa, disse a raposa.
- Vem brincar comigo, propôs o princípe, estou tão triste...
- Eu não posso brincar contigo, disse a raposa.
Não me cativaram ainda.
- Ah! Desculpa, disse o principezinho.
Após uma reflexão, acrescentou:
- O que quer dizer cativar?
- Tu não és daqui, disse a raposa. Que procuras?
- Procuro amigos, disse. Que quer dizer cativar?
- É uma coisa muito esquecida, disse a raposa.
Significa criar laços...
- Criar laços?
- Exatamente, disse a raposa. Tu não és para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos.
E eu não tenho necessidade de ti.
E tu não tens necessidade de mim.
Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás pra mim o único no mundo. E eu serei para ti a única no mundo... Mas a raposa voltou a sua ideia:
- A Minha vida é monótona. E por isso eu aborreço-me um pouco. Mas se tu me cativas, a minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei o barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros me fazem entrar debaixo da terra. O teu chamar-me-á para fora como música.
E depois, olha! Vês, lá longe, o campo de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelo cor de ouro. E então serás maravilhoso quando me tiveres cativado. O trigo que é dourado fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento do trigo...
A raposa então calou-se e considerou muito tempo o príncipe:
- Por favor, cativa-me! disse ela.
- Bem quisera, disse o principe, mas eu não tenho tempo. Tenho amigos a descobrir e mundos a conhecer.
- A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. Os homens não tem tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres uma amiga, cativa-me!
Os homens esqueceram a verdade, disse a raposa.
Mas tu não a deves esquecer.
Tu és eternamente responsável por aquilo que cativas"
terça-feira, março 13, 2012
O Macaquinho. Que não vê. Que não ouve. Que não fala.
Ao longo da vida fazemos acordos tácitos. Com o mundo, com os outros, com nós próprios. Calamos coisas por amor. Por amizade. Por educação. Deixamos os outros viverem as suas próprias vidas só porque achamos que eles têm direito a isso, que não é nada connosco, que temos o dever de os deixar viver como querem. Atiramos para o ar um “quem em boa cama fizer, nela se deitará”, jogamos as mãos para o fundo dos bolsos e assobiamos a nossa alegria por levarmos uma vida infinitamente diferente. No Natal um bom vinho ou um saca-rolhas em prata mostrará a nossa amizade e a gratidão dos demais por sermos homens adultos, daqueles que calam e consentem. Um acordo tácito lacrado com um pingo de tinto no papel timbrado que envolve o queijo amanteigado de boa qualidade!
Por vezes a ideia assalta-nos, dá-nos suores frios de noite, como se de um pesadelo bem real se tratasse. Um grito que nos ecoa na mente, um “não faças!” ou um “não vás!” ou mesmo um mais radical “deixa-a ir!”. Uma mão que realmente agarra um braço, um dedo que mostra um caminho, uma conversa que suaviza almas atormentadas (o tal “all in às coisas boas da vida”). Às vezes sonho de noite, e sonhando concretizo-o. Ajo. Em vez de ficar calado a negar a minha pacatez noturna quando no fundo do meu ser quero explodir e alguém que venha limpar os destroços e montar tudo de novo! Sigo calado. E sei que um dia alguém me recriminará por não ter falado a tempo, ainda que esse alguém nunca tenha criado minimamente as condições para que esse passo não seja dado em falso. Um alguém que está demasiado iludido com um espetáculo bacoco de luz e cor, um alguém que está demasiado sequioso de aprovação, um alguém que na maioria das vezes não está minimamente disponível para ouvir uma opinião diferente porque a sua vida depende quase literalmente do “sim” que os demais continuam a dar. E então vou-me calando, reservado ao fundo do banco de um carro que me leva para caminhos em tempos tão comuns que se tornaram subitamente tão desconhecidos como uma nova estrada que se faz a medo. Um passado que se deixa para trás, um futuro que não desejo mas que me impõem. Um jogo que se deixa a meio, uma água dentro de um copo que vibra a cada novo pequeno terramoto. Uma tempestade num copo de água. Um farewell-até-à-próxima que não se diz porque nada à volta importa. E o nada à volta também não se importa com o farewell-até-à-próxima que não se diz. Porque nada mais importa, porque o campo está demasiado seco depois de um inverno onde do céu caiu menos água do que aquela que ficou propositadamente esquecida dentro do copo de água. E porque só uma chuva torrencial que varra todo o mal pode voltar a dar à cidade o ar limpo que em tempos teve. E ao campo o tom verdejante pelo qual apetece correr rumo ao infinito. E a cada novo copo de água juro a mim próprio que no dia seguinte abrirei uma brecha no solo capaz de engolir civilizações, que serei responsável pela queda de qualquer império romano dos tempos modernos, ao ponto de, envergonhado, o sol passar a nascer no frio Alaska e se por na quente Pérsia. Via Lisboa. E no dia seguinte tomará o caminho inverso, dando e tirando mundos ao mundo. Até lá, metaforizo em letras o que a minha boca não ousa dizer. Por amizade. Por educação.
E os charutos continuam semi-esquecidos no fundo do bolso do casaco à espera de melhores dias.
Ao longo da vida fazemos acordos tácitos. Com o mundo, com os outros, com nós próprios. Calamos coisas por amor. Por amizade. Por educação. Deixamos os outros viverem as suas próprias vidas só porque achamos que eles têm direito a isso, que não é nada connosco, que temos o dever de os deixar viver como querem. Atiramos para o ar um “quem em boa cama fizer, nela se deitará”, jogamos as mãos para o fundo dos bolsos e assobiamos a nossa alegria por levarmos uma vida infinitamente diferente. No Natal um bom vinho ou um saca-rolhas em prata mostrará a nossa amizade e a gratidão dos demais por sermos homens adultos, daqueles que calam e consentem. Um acordo tácito lacrado com um pingo de tinto no papel timbrado que envolve o queijo amanteigado de boa qualidade!
Por vezes a ideia assalta-nos, dá-nos suores frios de noite, como se de um pesadelo bem real se tratasse. Um grito que nos ecoa na mente, um “não faças!” ou um “não vás!” ou mesmo um mais radical “deixa-a ir!”. Uma mão que realmente agarra um braço, um dedo que mostra um caminho, uma conversa que suaviza almas atormentadas (o tal “all in às coisas boas da vida”). Às vezes sonho de noite, e sonhando concretizo-o. Ajo. Em vez de ficar calado a negar a minha pacatez noturna quando no fundo do meu ser quero explodir e alguém que venha limpar os destroços e montar tudo de novo! Sigo calado. E sei que um dia alguém me recriminará por não ter falado a tempo, ainda que esse alguém nunca tenha criado minimamente as condições para que esse passo não seja dado em falso. Um alguém que está demasiado iludido com um espetáculo bacoco de luz e cor, um alguém que está demasiado sequioso de aprovação, um alguém que na maioria das vezes não está minimamente disponível para ouvir uma opinião diferente porque a sua vida depende quase literalmente do “sim” que os demais continuam a dar. E então vou-me calando, reservado ao fundo do banco de um carro que me leva para caminhos em tempos tão comuns que se tornaram subitamente tão desconhecidos como uma nova estrada que se faz a medo. Um passado que se deixa para trás, um futuro que não desejo mas que me impõem. Um jogo que se deixa a meio, uma água dentro de um copo que vibra a cada novo pequeno terramoto. Uma tempestade num copo de água. Um farewell-até-à-próxima que não se diz porque nada à volta importa. E o nada à volta também não se importa com o farewell-até-à-próxima que não se diz. Porque nada mais importa, porque o campo está demasiado seco depois de um inverno onde do céu caiu menos água do que aquela que ficou propositadamente esquecida dentro do copo de água. E porque só uma chuva torrencial que varra todo o mal pode voltar a dar à cidade o ar limpo que em tempos teve. E ao campo o tom verdejante pelo qual apetece correr rumo ao infinito. E a cada novo copo de água juro a mim próprio que no dia seguinte abrirei uma brecha no solo capaz de engolir civilizações, que serei responsável pela queda de qualquer império romano dos tempos modernos, ao ponto de, envergonhado, o sol passar a nascer no frio Alaska e se por na quente Pérsia. Via Lisboa. E no dia seguinte tomará o caminho inverso, dando e tirando mundos ao mundo. Até lá, metaforizo em letras o que a minha boca não ousa dizer. Por amizade. Por educação.
E os charutos continuam semi-esquecidos no fundo do bolso do casaco à espera de melhores dias.
sexta-feira, março 09, 2012
The Ark "It Takes a Fool to Remain Sane"
"Whatever happened to the funky race?
A generation lost in pace
Wasn't life supposed to be more than this?
In this kiss, I'll change your bore for my bliss
Let go of my hand and it will slip out
In the sand if you don't give me the chance
To break down the walls of attitude
I ask nothing of you
Not even your gratitude
And if you think I'm corny
Then it will not make me sorry
It's your right to laugh at me
And in turn, that's my opportunity
To feel brave
Because ridicule is no shame
Oh it's just a way to eclipse hate
It's just a way to put my back straight
Oh it's just a way to remain sane
Every morning I would see her getting off the bus
The picture never drops it's like a multicoloured snapshot
Stuck in my brain it kept me sane
For a couple of years as it drenched my fears
Of becoming like the others
Who become unhappy mothers
And fathers of unhappy kids
And why is that?
'Cause they've forgotten how to play
Or maybe they're afraid to feel ashamed
To seem strange, to seem insane
To gain weight, to seem gay
I tell you this:
That it takes a fool to remain sane
Oh It takes a fool to remain sane
Oh It takes a fool to remain sane
Oh In this world all covered up in shame..."
"Whatever happened to the funky race?
A generation lost in pace
Wasn't life supposed to be more than this?
In this kiss, I'll change your bore for my bliss
Let go of my hand and it will slip out
In the sand if you don't give me the chance
To break down the walls of attitude
I ask nothing of you
Not even your gratitude
And if you think I'm corny
Then it will not make me sorry
It's your right to laugh at me
And in turn, that's my opportunity
To feel brave
Because ridicule is no shame
Oh it's just a way to eclipse hate
It's just a way to put my back straight
Oh it's just a way to remain sane
Every morning I would see her getting off the bus
The picture never drops it's like a multicoloured snapshot
Stuck in my brain it kept me sane
For a couple of years as it drenched my fears
Of becoming like the others
Who become unhappy mothers
And fathers of unhappy kids
And why is that?
'Cause they've forgotten how to play
Or maybe they're afraid to feel ashamed
To seem strange, to seem insane
To gain weight, to seem gay
I tell you this:
That it takes a fool to remain sane
Oh It takes a fool to remain sane
Oh It takes a fool to remain sane
Oh In this world all covered up in shame..."
terça-feira, fevereiro 28, 2012
Campo Minado Cão Raivoso
Escrever metáforas em jeito de conversa. Esperar que alguém as leia. Cada linha, um objetivo. Cada frase, um significado. Cada texto, uma direção. Voltar atrás não é opção, bem o sei. O caminho em diante é um campo minado, cada passo uma incógnita, cada dia uma nova aventura. O telefone que toca. O telefone que não toca. As horas que passam, os dias que crescem, o sol que brilha. Em tempos já estaria fora daqui, num outro qualquer lugar, numa praia invernal, de casaco e camisola. Hoje encerro-me voluntariamente. Entre quatro paredes agarrado a memórias. Rasgando memórias, celebrando memórias. Pedaços de vida passados, pedaços de vida perdidos. Corridas estrada fora, promessas cumpridas e enterradas. Anos que foram. Que passaram. Que se perderam. Não voltam mais. Às vezes digo que vou em frente. Que é possível viver assim. E que hoje tenho muito mais do que tinha naquela altura. Mais pontos cardeais, mais opções, mais caminhos por onde ir e voltar. Mais pessoas. Mais amigos. Mais momentos vividos. Mais noitadas. Mais passeios. Mais diversão. Mais. Porém olho em volta e tenho menos uma janela. O sol entra menos, não vejo tanto além. A vista perdeu-se, a luz já não me permite ler. O dia desvaneceu-se um pouco e nem por isso estou triste. Como um cão raivoso, acossado, caminho freneticamente dentro do cubículo onde cumpro o meu exílio. Jogo murros para o ar, adversário invisível mas que me conhece demasiado bem. Sabe onde bater, sabe onde mais dói. Sabe como me derrotar, sabe como me ultrapassar. Por vezes pergunto-me se não é cedo para desistir. Se não é cedo para atirar a branca toalha ao chão. Mesmo que esteja suja, vermelha de tanto sangue derramado. Afinal nenhum adversário é imbatível, nem mesmo aquele que não se vê, que não se deixa combater. Que cobardemente manobra, a coberto da escuridão. Talvez devesse entrar no cenário de guerra e resgatar-te, qual soldado ferido. Arriscando demasiado, arriscando tudo. Talvez morrêssemos os dois a caminho de algum sítio seguro. Mas seguramente morreríamos a tentar...
get out.
or let me get in.
Escrever metáforas em jeito de conversa. Esperar que alguém as leia. Cada linha, um objetivo. Cada frase, um significado. Cada texto, uma direção. Voltar atrás não é opção, bem o sei. O caminho em diante é um campo minado, cada passo uma incógnita, cada dia uma nova aventura. O telefone que toca. O telefone que não toca. As horas que passam, os dias que crescem, o sol que brilha. Em tempos já estaria fora daqui, num outro qualquer lugar, numa praia invernal, de casaco e camisola. Hoje encerro-me voluntariamente. Entre quatro paredes agarrado a memórias. Rasgando memórias, celebrando memórias. Pedaços de vida passados, pedaços de vida perdidos. Corridas estrada fora, promessas cumpridas e enterradas. Anos que foram. Que passaram. Que se perderam. Não voltam mais. Às vezes digo que vou em frente. Que é possível viver assim. E que hoje tenho muito mais do que tinha naquela altura. Mais pontos cardeais, mais opções, mais caminhos por onde ir e voltar. Mais pessoas. Mais amigos. Mais momentos vividos. Mais noitadas. Mais passeios. Mais diversão. Mais. Porém olho em volta e tenho menos uma janela. O sol entra menos, não vejo tanto além. A vista perdeu-se, a luz já não me permite ler. O dia desvaneceu-se um pouco e nem por isso estou triste. Como um cão raivoso, acossado, caminho freneticamente dentro do cubículo onde cumpro o meu exílio. Jogo murros para o ar, adversário invisível mas que me conhece demasiado bem. Sabe onde bater, sabe onde mais dói. Sabe como me derrotar, sabe como me ultrapassar. Por vezes pergunto-me se não é cedo para desistir. Se não é cedo para atirar a branca toalha ao chão. Mesmo que esteja suja, vermelha de tanto sangue derramado. Afinal nenhum adversário é imbatível, nem mesmo aquele que não se vê, que não se deixa combater. Que cobardemente manobra, a coberto da escuridão. Talvez devesse entrar no cenário de guerra e resgatar-te, qual soldado ferido. Arriscando demasiado, arriscando tudo. Talvez morrêssemos os dois a caminho de algum sítio seguro. Mas seguramente morreríamos a tentar...
get out.
or let me get in.
segunda-feira, fevereiro 27, 2012
Citizen Kane
“Why did they make birds so delicate and fine as those sea swallows when the ocean can be so cruel?“
Um gajo rico que morreu agarrando um dos globos de neve da sua coleção (o primeiro?), desejando trocar todo e cada cêntimo da sua fortuna por um regresso à vida feliz que um dia teve e abdicou. Bem antes de riquezas, ilusões e toda a solidão que daí adveio. Como um daqueles balões que inadvertidamente fugiu da mão de uma criança e subiu rumo à termosfera!. Em qualquer momento do seu caminho, definhará, rebentará. Nesse momento tudo o que pode desejar é que o solo onde cairá seja tão suave quanto possível. Mas de tão longe que foi, esse solo não será mais aquele que conheceu, em dias dourados. Será outro, mais duro, mais impessoal. Que por não o conhecer, não o amparará. Será duro e cinzento como qualquer laje de cimento.
O Citizen Cane é a metáfora do Rei Midas que o século XX criou. Ciclicamente os homens têm necessidade de criar histórias (I mean, estórias...) para se manterem atentos, vigilantes. O mais vendido livro de todos os tempos, não é mais do que uma compilação de histórias que, em prol de uma determinada religião e dos seus valores, nos ensinam a seguir por uma determinada direção. A pensar e viver a vida segundo metáforas que nos fazem pensar; que se adequam à nossa vida e (quase) todo e qualquer passo que vamos dando ao longo do nosso caminho. Ao ponto de a própria legião de ateus, agnósticos e professantes de outras religiões reconhecerem o enorme valor das escrituras nele constantes. Outro tipo de estórias se prefigura neste capítulo-metafórico: infantis; a história dos três porquinhos ensina-nos que a preguiça não compensa. A da formiga e a cigarra, idem, ensinando-nos o valor do trabalho. Muitas outras histórias ensinam-nos, enquanto crianças, a ser prudentes, corajosos a confiar cegamente nos nossos pais (sábios patronos da nossa vida), em evitar as ilusórias promessas de lucro fácil, o valor da amizade... Enfim, quase toda uma panóplia de normas e valores morais que as crianças necessitam de interiorizar para se tornarem adultos decentes, bons homens e mulheres. A maioria desses contos tendem – à luz de um olhar adulto – a roçar o violento. Para as crianças tudo é normal, são apenas estórias. E tal como não estão cientes da violência encerrada naquelas palavras, creio que não estão sequer conscientes da mensagem principal que nelas se esconde, que há algo invisível para além do que os olhos e ouvidos podem captar. Porém os valores entram e ficam. Depois logo se vê o que, chegadas a adulto, farão com tais ensinamentos! Se pregam aos peixes ou se os comem! Em última análise, diria que qualquer Citizen Cane desta vida leu essas histórias, contaram-nas em pequeno, do lado de fora dos lençóis que os separavam do desconhecido que se escondia na penumbra da noite. E qualquer Citizen Cane desta vida interiorizou os valores advindos dessas estórias. Depois cresceram. Fisicamente. E acharam que crescer, mais do que um corpo que se desenvolve, é evoluir. Querer mais e melhor. Mas como o balão que quer subir, conheceram novos mundos e algures pelo caminho perderam a noção de que pertencem à mão da criança que os escolheu, que os resgatou do impessoal carrinho vendedor, onde são iguais a todos os outros balões. A criança, a única que dele verdadeiramente gostou, que verdadeiramente o apreciou enquanto balão, a única que o distinguiu de todos os outros balões a si (aparentemente) iguais. A criança que com ele cresceu é a única que continua a olhar para o ar em busca do seu balão que a trocou por um caminho up there, rumo ao desconhecido, à natureza, cujos elementos, por muito belos que possam parecer, são ilusórios e cruéis. O ar quente e tranquilo que junto ao solo o elevou, tornou-se frio conforme o balão subiu. Gélido. Frios e cortantes cristais formaram-se em torno do balão a partir de alguns milhares de pés de altitude, adormecendo-lhe os sentidos, fazendo-o sentir uma dormência insuportável, toldando-lhe visão e mente! Não que um balão respire, mas se quisesse, a rarefação do ar tornaria essa missão impossível. E as radiações solares rapidamente despedaçariam o pobre balão em pedaços. E em vez de um trenó, a última palavra do balão será o nome da criança. Uma Rosebud humana dos tempos modernos; demasiado leal para não desistir da sua demanda; demasiado realista para saber que jamais tornará a ver o seu balão vermelho; demasiado assustada para compreender...
E os globos de neve cair-lhe-ão da mão. Um por outro. Cidade a cidade. Memória a memória. Pessoa a pessoa. Sobrará apenas a cama vazia onde se deitou para morrer.
Lá fora o mundo segue. Indiferente.
“Why did they make birds so delicate and fine as those sea swallows when the ocean can be so cruel?“
Um gajo rico que morreu agarrando um dos globos de neve da sua coleção (o primeiro?), desejando trocar todo e cada cêntimo da sua fortuna por um regresso à vida feliz que um dia teve e abdicou. Bem antes de riquezas, ilusões e toda a solidão que daí adveio. Como um daqueles balões que inadvertidamente fugiu da mão de uma criança e subiu rumo à termosfera!. Em qualquer momento do seu caminho, definhará, rebentará. Nesse momento tudo o que pode desejar é que o solo onde cairá seja tão suave quanto possível. Mas de tão longe que foi, esse solo não será mais aquele que conheceu, em dias dourados. Será outro, mais duro, mais impessoal. Que por não o conhecer, não o amparará. Será duro e cinzento como qualquer laje de cimento.
O Citizen Cane é a metáfora do Rei Midas que o século XX criou. Ciclicamente os homens têm necessidade de criar histórias (I mean, estórias...) para se manterem atentos, vigilantes. O mais vendido livro de todos os tempos, não é mais do que uma compilação de histórias que, em prol de uma determinada religião e dos seus valores, nos ensinam a seguir por uma determinada direção. A pensar e viver a vida segundo metáforas que nos fazem pensar; que se adequam à nossa vida e (quase) todo e qualquer passo que vamos dando ao longo do nosso caminho. Ao ponto de a própria legião de ateus, agnósticos e professantes de outras religiões reconhecerem o enorme valor das escrituras nele constantes. Outro tipo de estórias se prefigura neste capítulo-metafórico: infantis; a história dos três porquinhos ensina-nos que a preguiça não compensa. A da formiga e a cigarra, idem, ensinando-nos o valor do trabalho. Muitas outras histórias ensinam-nos, enquanto crianças, a ser prudentes, corajosos a confiar cegamente nos nossos pais (sábios patronos da nossa vida), em evitar as ilusórias promessas de lucro fácil, o valor da amizade... Enfim, quase toda uma panóplia de normas e valores morais que as crianças necessitam de interiorizar para se tornarem adultos decentes, bons homens e mulheres. A maioria desses contos tendem – à luz de um olhar adulto – a roçar o violento. Para as crianças tudo é normal, são apenas estórias. E tal como não estão cientes da violência encerrada naquelas palavras, creio que não estão sequer conscientes da mensagem principal que nelas se esconde, que há algo invisível para além do que os olhos e ouvidos podem captar. Porém os valores entram e ficam. Depois logo se vê o que, chegadas a adulto, farão com tais ensinamentos! Se pregam aos peixes ou se os comem! Em última análise, diria que qualquer Citizen Cane desta vida leu essas histórias, contaram-nas em pequeno, do lado de fora dos lençóis que os separavam do desconhecido que se escondia na penumbra da noite. E qualquer Citizen Cane desta vida interiorizou os valores advindos dessas estórias. Depois cresceram. Fisicamente. E acharam que crescer, mais do que um corpo que se desenvolve, é evoluir. Querer mais e melhor. Mas como o balão que quer subir, conheceram novos mundos e algures pelo caminho perderam a noção de que pertencem à mão da criança que os escolheu, que os resgatou do impessoal carrinho vendedor, onde são iguais a todos os outros balões. A criança, a única que dele verdadeiramente gostou, que verdadeiramente o apreciou enquanto balão, a única que o distinguiu de todos os outros balões a si (aparentemente) iguais. A criança que com ele cresceu é a única que continua a olhar para o ar em busca do seu balão que a trocou por um caminho up there, rumo ao desconhecido, à natureza, cujos elementos, por muito belos que possam parecer, são ilusórios e cruéis. O ar quente e tranquilo que junto ao solo o elevou, tornou-se frio conforme o balão subiu. Gélido. Frios e cortantes cristais formaram-se em torno do balão a partir de alguns milhares de pés de altitude, adormecendo-lhe os sentidos, fazendo-o sentir uma dormência insuportável, toldando-lhe visão e mente! Não que um balão respire, mas se quisesse, a rarefação do ar tornaria essa missão impossível. E as radiações solares rapidamente despedaçariam o pobre balão em pedaços. E em vez de um trenó, a última palavra do balão será o nome da criança. Uma Rosebud humana dos tempos modernos; demasiado leal para não desistir da sua demanda; demasiado realista para saber que jamais tornará a ver o seu balão vermelho; demasiado assustada para compreender...
E os globos de neve cair-lhe-ão da mão. Um por outro. Cidade a cidade. Memória a memória. Pessoa a pessoa. Sobrará apenas a cama vazia onde se deitou para morrer.
Lá fora o mundo segue. Indiferente.
quinta-feira, fevereiro 23, 2012
"Go West, life is peaceful there..."
O correr da vida inequivocamente ensina-nos muita coisa. O tempo, esse velho cruel, que tantos maldizem, é o garante de uma aprendizagem contínua. Sabemos sempre mais hoje do que sabíamos ontem e o amanhã trazer-nos-á umas quantas novas migalhas de sabedoria: ao fim de um ano teremos uma bela côdea para roer! Um dos erros mais comuns é querer agir no tempo passado com o conhecimento presente (“I wish that I knew what I know now... when I was younger!” Já cantava o muito sábio Rod Stewart). Aquela coisa do “se eu soubesse o que sei hoje...”. Apesar de bacoco, não deixa de ser um interessante exercício de estilo, pormo-nos numa pele alheia, ainda que por alheia considere meramente a pessoa que um dia fomos e que ficou pelo caminho, algures, fruto da ignorância de não saber o que anos mais tarde se sabe. Esse dito exercício de estilo ajuda-nos a encarar melhor o futuro: primeiro por termos a consciência da margem de manobra que nos dá a noção de que possuiremos amanhã um maior conhecimento; depois porque nos faz pensar no que fizemos, refletir sobre atos passados e só assim o passo futuro será mais forte, decidido, seguro...
Ultimamente tenho pensado muito em coisas não ditas no passado. Por ignorância do que hoje conheço, da nova sabedoria que hoje possuo e uso como ferramenta no meu dia-a-dia. Mas talvez também por uma amizade pueril que se quer pura, por muito frontais que achemos que somos. Por educação. Por me (não) pôr (demasiado) na pele dos outros. Por preguiça. Porque sou um gajo porreiro (ou pelo menos assim gosto de pensar!). A sabedoria que fui adquirindo na vida faz-me saber que a única vida que tenho verdadeiramente direito a viver é a minha. Na dos outros devo tocar de leve, torná-la mais brilhante, vivida, em tons mais clara. Mas sempre sem nunca deixar claro que lá estive, que deixei um toque pessoal – um pouco à semelhança do conservador-restaurador que intervencionou o teto da Capela Sistina: o Miguel Ângelo era o outro, ele foi apenas o veículo transmissor para que a obra renascentista ganhasse novo tom e se pudesse perpetuar no tempo, mais segura, consciente de si e do mundo que a rodeia e a venera. Ainda assim sei que por vezes, temos espaço de manobra. Podemos, por cinco minutos ou pela duração do tempo de uma conversa séria, quebrar as regras do restauro, da amizade e procurar dar o nosso cunho, procurando inverter rumos de vidas que não a nossa. Sim, diria que é isso que os amigos tendem a fazer, quebrar regras de amizade para em prol da amizade poder avançar juntos. Confuso, I guess... Até um dia muito recente sempre pensei que fazia o suficiente e quiçá mesmo, mais do que o suficiente. Pensei muitas vezes que ia longe de mais e nunca me importei com isso. Sempre achei que seria isso que me diferenciaria dos demais, que me faria melhor amigo que os outros (outra coisa que a sabedoria me foi ensinando: a amizade não é uma competição e não tem que haver “melhores amigos do que...”). Hoje vejo que não fiz o suficiente. Que talvez devesse ter encurtado distâncias para os precipícios, empurrar com mais força em direção aos abismos desta vida. Para que todos os outros pudessem dar uso às asas e voar para longe, em direção ao sonho (ao verdadeiro, não ao impingido em tons dourados, falácias dos tempos modernos, bacocos cantos de sereias-moreias sequiosas de morder em vez de beijar!). Creio que deveria ter dado pauladas em vez de direções. “Ide por ali, que o caminho é mais a direito!” sempre me soou mais belo do que “vai por ali, cabrão! [som de paulada]”; porém enfadonho e nada decisivo. Hoje percebo que tal como os burros, as pessoas só andam com vergastadas, de tão teimosas que são. Eu próprio me incluo nesse lote, ainda que tenha aberto as asas a tempo de evitar um tremendo headfall no abismo...
Um dia que hoje me parece longínquo, um certo grande amigo que tenho disse-me que me devia dar dois murros para ver se eu acordava para a vida e agarravas as coisas boas que me passavam ao largo e que diariamente perdia. Hoje tenho a certeza que lhe devia ter devolvido esses murros, porque todas as palavras foram levadas com o vento. Dois murros doem durante umas horas; uma má decisão corrói a vida inteira...
Devia ter feito um all in às coisas preciosas da vida e esperar recebê-las a dobrar, eliminando jogadores. Hoje jogo sozinho com fichas que já não são minhas...
O correr da vida inequivocamente ensina-nos muita coisa. O tempo, esse velho cruel, que tantos maldizem, é o garante de uma aprendizagem contínua. Sabemos sempre mais hoje do que sabíamos ontem e o amanhã trazer-nos-á umas quantas novas migalhas de sabedoria: ao fim de um ano teremos uma bela côdea para roer! Um dos erros mais comuns é querer agir no tempo passado com o conhecimento presente (“I wish that I knew what I know now... when I was younger!” Já cantava o muito sábio Rod Stewart). Aquela coisa do “se eu soubesse o que sei hoje...”. Apesar de bacoco, não deixa de ser um interessante exercício de estilo, pormo-nos numa pele alheia, ainda que por alheia considere meramente a pessoa que um dia fomos e que ficou pelo caminho, algures, fruto da ignorância de não saber o que anos mais tarde se sabe. Esse dito exercício de estilo ajuda-nos a encarar melhor o futuro: primeiro por termos a consciência da margem de manobra que nos dá a noção de que possuiremos amanhã um maior conhecimento; depois porque nos faz pensar no que fizemos, refletir sobre atos passados e só assim o passo futuro será mais forte, decidido, seguro...
Ultimamente tenho pensado muito em coisas não ditas no passado. Por ignorância do que hoje conheço, da nova sabedoria que hoje possuo e uso como ferramenta no meu dia-a-dia. Mas talvez também por uma amizade pueril que se quer pura, por muito frontais que achemos que somos. Por educação. Por me (não) pôr (demasiado) na pele dos outros. Por preguiça. Porque sou um gajo porreiro (ou pelo menos assim gosto de pensar!). A sabedoria que fui adquirindo na vida faz-me saber que a única vida que tenho verdadeiramente direito a viver é a minha. Na dos outros devo tocar de leve, torná-la mais brilhante, vivida, em tons mais clara. Mas sempre sem nunca deixar claro que lá estive, que deixei um toque pessoal – um pouco à semelhança do conservador-restaurador que intervencionou o teto da Capela Sistina: o Miguel Ângelo era o outro, ele foi apenas o veículo transmissor para que a obra renascentista ganhasse novo tom e se pudesse perpetuar no tempo, mais segura, consciente de si e do mundo que a rodeia e a venera. Ainda assim sei que por vezes, temos espaço de manobra. Podemos, por cinco minutos ou pela duração do tempo de uma conversa séria, quebrar as regras do restauro, da amizade e procurar dar o nosso cunho, procurando inverter rumos de vidas que não a nossa. Sim, diria que é isso que os amigos tendem a fazer, quebrar regras de amizade para em prol da amizade poder avançar juntos. Confuso, I guess... Até um dia muito recente sempre pensei que fazia o suficiente e quiçá mesmo, mais do que o suficiente. Pensei muitas vezes que ia longe de mais e nunca me importei com isso. Sempre achei que seria isso que me diferenciaria dos demais, que me faria melhor amigo que os outros (outra coisa que a sabedoria me foi ensinando: a amizade não é uma competição e não tem que haver “melhores amigos do que...”). Hoje vejo que não fiz o suficiente. Que talvez devesse ter encurtado distâncias para os precipícios, empurrar com mais força em direção aos abismos desta vida. Para que todos os outros pudessem dar uso às asas e voar para longe, em direção ao sonho (ao verdadeiro, não ao impingido em tons dourados, falácias dos tempos modernos, bacocos cantos de sereias-moreias sequiosas de morder em vez de beijar!). Creio que deveria ter dado pauladas em vez de direções. “Ide por ali, que o caminho é mais a direito!” sempre me soou mais belo do que “vai por ali, cabrão! [som de paulada]”; porém enfadonho e nada decisivo. Hoje percebo que tal como os burros, as pessoas só andam com vergastadas, de tão teimosas que são. Eu próprio me incluo nesse lote, ainda que tenha aberto as asas a tempo de evitar um tremendo headfall no abismo...
Um dia que hoje me parece longínquo, um certo grande amigo que tenho disse-me que me devia dar dois murros para ver se eu acordava para a vida e agarravas as coisas boas que me passavam ao largo e que diariamente perdia. Hoje tenho a certeza que lhe devia ter devolvido esses murros, porque todas as palavras foram levadas com o vento. Dois murros doem durante umas horas; uma má decisão corrói a vida inteira...
Devia ter feito um all in às coisas preciosas da vida e esperar recebê-las a dobrar, eliminando jogadores. Hoje jogo sozinho com fichas que já não são minhas...
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